Vem aí, o julgamento da morte de Vilmar Quirino
No próximo dia 9 de julho, Maria Barbosa Quirino será submetida a júri popular. Ela é acusada de no dia 8 de outubro de 2007, assassinar o marido Vilmar Cachoeira Quirino, a marretadas. Na época, o crime ficou conhecido como "Caso Susan", porque a filha do casal mentiu dizendo ter assassinado o pai. Ela assumiu que mentiu com a intenção de livrar a mãe da cadeia, pensando no irmão pequeno que depende de cuidados especiais.
Conforme o processo na Justiça, o marido teria chegado em casa alcoolizado e discutido com a esposa e a filha. Quando Vilmar foi dormir, Susan foi à cozinha, pegou um punhal e retornou ao quarto, onde também estava o irmão, dizendo que daria um basta naquilo. Então, Maria pegou o punhal da mão da filha e disse que ela mesma atacaria Vilmar. A mulher saiu do quarto e voltou com uma marreta, pedindo à filha que entretece o irmão.
Maria dirigiu-se ao quarto onde a vítima estava dormindo e golpeou Vilmar na cabeça. Susan assumiu o crime, deixando um bilhete. Em depoimento, Maria disse que Susan se despediu, dizendo que ia trabalhar por volta das 4 horas da manhã e que só viu Vilmar morto quando acordou por volta de 6h30min.
As investigações ficaram sob a responsabilidade do delegado Alonso Torres. Foram tomados diversos depoimentos e feita a reconstituição do crime com a presença de Susan e Maria. Na época, Alonso foi alvo de acusações por ter deixado Susan em liberdade até que se concluísse as investigações.
Mas, desde o início o delegado desconfiava de que a autora do crime não era Susan. Segundo o Alonso, a reconstituição do crime foi fundamental para que se chegasse a uma conclusão.
"Por tudo o que eu havia visto e analisado no local do crime, e pelo depoimento de ambas, a filha se apresentava extremamente calma como autora do crime e a mãe, como não autora, extremamente nervosa. Não é possível que uma filha que mate o pai, por pior que ele seja, se apresente com aquela tranqüilidade em um interrogatório de homicídio", destaca Alonso.
Se for possível, Alonso faz questão de assistir ao júri, "Se Deus quiser, eu puder e o trabalho me deixar, porque o serviço de polícia é sempre muito inconstante, devo estar lá para acompanhar pelo menos a parte dos debates".